Puro que cabloco traz
Cimento de fermento
Mas pra ele tanto faz
É só divertimento
Para os dias de folga
Mas não relaxamento
Sabe muito bem aonde
Aonde trava o seu momento
Aonde sai perdendo
Quando não quer mais brincar
Bate aquela saudade
Dos tempos de cigarro
E de pouca idade
Em que ele era a lapa
E de religião
Adorava são carlos
E até são joão
Pulava a festa do povo
E nunca parava
Trincam os copos de tantos brindes
Celebram a carreira de um continuinte
Sem sair do trilho, cadê os convites?
É de escolha própria, o céu é o limite
Não sabe da missa um terço
Não sabe do sermão metade
Só sabe do conselho o quarto
Pedaço de vida que cai em sua boca
Lembra do meu endereço
Não estou, deixa recado
Estou evitando o risco
Puro por dentro e com vidro aos pedaços